17 de nov. de 2010

Participe do movimento pelo fechamento da Escola de Assassinos

A Escola das Américas é uma instituição mantida pelos EUA que ministra cursos sobre assuntos militares a oficiais de outros países das Américas.

Atualmente situada em Fort Benning, estado da Georgia, EEUU, esta escola esteve situada no Panamá até 1984.  Nela se graduaram mais de 60.000 militares e policiais de cerca de 23 países da América Latina, alguns deles conhecidos pelos seus crimes contra a humanidade como os Generais Leopoldo Fortunato Galtieri ou Manuel Antonio Noriega.  A escola mudou-se para  (Wikipédia)

Desde sua criação, em 1946, sua missão principal tem sido a de 'fomentar cooperação ou servir como instrumento para preparar as nações latino-americanas a cooperar com os Estados Unidos e manter assim um equilíbrio político contendo a influencia crescente de organizações populares ou movimentos sociais de esquerda.'  (Wikipédia)

O artigo na Wikipédia afirma também que, durante décadas, a Escola das Américas 'cooperou com vários governos e regimes totalitários e violentos.  Vários dos seus cursos ou adestramentos incluíam técnicas de contra insurgência, operações de comando, treinamento em golpes de Estado, guerra psicológica, intervenção militar, técnicas de interrogação.  Manuais militares de instrução destas iniciativa, primeiramente confidenciais, foram liberados e publicados pelo pentágono Americano em 1996.  Entre outras considerações, os manuais davam detalhes sobre violações de direitos humanos permitidos, como por exemplo o uso de tortura, execuções sumárias, desaparecimento de pessoas, etc.,  definindo seus objetivos como sendo o de conter e controlar indivíduos participantes em organizações sindicais e de esquerda.'

Escola de Assassinos

'O jornal panamenho La Prensa a chama de Escola de Assassinos.  Jorge Illueca, presidente do Panamá, chamou a de A Base gringa para a desestabilização da América Latina.

Em uma carta aberta enviada em 20 de Julho de 1993 ao Columbus Ledger Enquirer, o comandante Joseph Blair, antigo instrutor da Escola das Américas, declarou: "Nos meus três anos de serviço na Escola nunca ouvi nada sobre qualquer objetivo de promover a liberdade, a democracia e os direitos humanos.  O pessoal militar da América Latina vinha a Columbus unicamente em busca de benefícios econômicos, oportunidades para comprar bens de qualidade isentos de taxas de importação e com transporte gratuito, pago com impostos de contribuintes americanos.

De acordo com o senador democrata Martin Meehan (Massachusetts): "Se a Escola das Américas decidisse celebrar uma reunião de ex alunos, reuniria alguns dos mais infames e notórios malfeitores do hemisfério".
A Escola das Américas, desde 1946, treinou mais de 60 mil militares da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.  Dentre eles, destacam-se os assassinos de Dom Oscar Romero e do bispo guatemalteco D.  Juan Girardi, e de seis padres jesuítas e quatro americanos assassinados em El Salvador, em 1989.' (Wikipédia)

Esta escola de assassinos precisa fechar.  Participe da semana de ação pelo seu fechamento.  Assine petições, envie cartas a políticos e instituições que têm o poder de agir e posicionar o Brasil contra o envio de militares para treinarem nessa odiosa instituição imperialista.  Sem o fechamento dessa escola, fica difícil acreditar que as mudanças que queremos para o Brasil sejam viáveis...

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Começa hoje (16) semana de ação pelo fechamento da Escola das Américas

Tatiana Félix, ADITAL, 16 novembro 2010

Defensores da paz e dos direitos humanos dos países da América Latina e do Caribe se mobilizam a partir de hoje (16) para realizar manifestações e protestos, até domingo (21), contra a Escola das Américas, acusada de ser local de formação de violadores de direitos humanos.

Surgida na década de 40, e inicialmente situada no Panamá, na América Central, hoje a Escola está localizada em Fort Benning, no estado da Georgia, nos Estados Unidos.  Desde 1990, manifestantes realizam protestos em frente à atual sede da Escola, em Fort Benning.

A estimativa é que milhares de ativistas, entre estudantes, religiosos, cidadãs e cidadãos comuns, ex-veteranos de guerra e outros, participem das manifestações contra a chamada de 'Escola de Assassinos'.  Para Roy Bourgeois, fundador do movimento Observatório da Escola das Américas (SOAW, por sua sigla em inglês), "a luta pelo fechamento da Escola das Américas é uma tarefa de todos os povos que amam a paz e a justiça".

A coordenadora do movimento SOAW para América Latina, Lisa Sullivan, citou alguns exemplos como o do golpe de Estado em Honduras, a repressão em El Alto, na Bolívia e as violações de direitos humanos na Colômbia para justificar a luta pelo fechamento da Escola Militar.  Para ela, enquanto os países continuarem enviando soldados para esta escola, situações como estas, que atentam contra a democracia, continuarão acontecendo.

Em diversos países da região, os e as ativistas estão se mobilizando para somar esforços nesta luta.  No México, Guatemala, República Dominicana, Chile e Paraguai, por exemplo, estão sendo coletadas assinaturas para uma carta que será enviada aos presidentes da América Latina e Caribe, com o pedido de que não enviem mais tropas para a Escola Militar.  Já em nações como Argentina, Honduras, Nicarágua, Equador e outros, estão sendo realizados fóruns, encontros e oficinas, que abordam a questão.

Em uma mensagem de apoio dirigida ao movimento SOAW, o Grupo Operacional da campanha 'Não Bases', da Argentina, declarou que "saudamos a decisão dos países da região – Argentina, Venezuela, Bolívia e Uruguai – que deixaram de enviar soldados para a Escola das Américas, uma instituição que não variou sua prática, nem seus objetivos, mesmo que agora se denomine Instituto de Cooperação e Segurança do Hemisfério Ocidental (WHINSEC) e tenha se mudado do Panamá à Geórgia, nos Estados Unidos".

Mas, por outro lado, considerando que países como Colômbia, Chile, Peru, Nicarágua, República Dominicana, Equador, Panamá, Honduras, El Salvador, Guatemala, Costa Rica, Paraguai, México, Jamaica, Belize e Brasil ainda enviam tropas à referida Escola, os(as) militantes argentinos(as) se comprometem a também somar esforços "para que nenhum país latinoamericano continue enviando militares ou polícias para esta ou outra academia militar ou policial com objetivos semelhantes".

O Grupo ressaltou ainda que considera importante a recente declaração do presidente da Bolívia, Evo Morales, que, além de denunciar e rejeitar o papel da Escola, sugeriu que a União das Nações Sulamericanas (UNASUL) instale um Instituto de preparação para as forças armadas da região, com foco na formação democrática e patriótica e de acordo com os princípios de unidade da América Latina.

"A criação de um Instituto desta natureza seria uma verdadeira alternativa para a Escola de Assassinos, cujo fechamento reclamamos e, também, corresponderia plenamente com os objetivos que levaram a Unasul para a criação de um Conselho de Defesa Sulamericano e um Centro de Estudos Estratégicos, onde os países da América do Sul possam determinar com autonomia seus próprios interesses geopolíticos e suas políticas de Defesa Nacional", comentou.

Mais informações:  gabi@soaw.org

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