27 de out. de 2010

Fato ou boato?

Desde a saída do ex-Chefe de Gabinete da Casa Branca, Rahm Emanuel, parece que a situação do presidente Barac Obama tem ficado cada vez mais precária.  A pressão sobre o presidente americano tem sido grande desde que ele se posicionou pela solução do conflito Palestino.  Agora, políticos em Washington e membros do partido Democrático estão-se mobilizando para tirá-lo da Casa Branca.

A pergunta que fica no ar é a seguinte:  até que ponto o lobby zionista está envolvido nessas pressões contra o presidente americano?
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'Improvável que Obama termine seu primeiro termo'

Fonte:  PressTV, 27 outubro 2010

Edward Spannaus, da Executive Intelligence Review, disse em entrevista à Press TV na quarta-feira que  "é muito duvidoso neste momento que o Presidente Obama vá durar até o fim de seu primeiro mandato."

"Há pessoas chateadas dentro da administração e do Partido Democrata que estão considerando seriamente como remover Obama da Presidência", acrescentou.

Muitos deles clamam pela remoção de Obama sob a emenda 25 da Constituição dos Estados Unidos.   Essa emenda permite a remoção do Presidente dos Estados Unidos se ele estiver incapacitado fisicamente ou mentalmente.

Spannaus também opinou que algumas pessoas nas forças armadas estão chateadas porque Obama "não está atento" ao que está acontecendo. "Temos tropas sendo mortas e ele não está interessado em lidar com isso", explicou.

Em outros pontos em seu discurso, Spannaus disse o que certas pessoas dentro da Casa Branca estão dizendo:  "Desde sua ascenção à Casa Branca, ele tem estado muito triste por ter de governar...  Ele está muito frustrado, muito deprimido.  Alguns relatórios dizem que ele está usando medicamentos e que não pode concentrar-se, o que é um problema mental".
 
"Trata-se da questão sobre o que ele vai fazer agora, neste termo;  a questão do segundo termo está fora de questão", concluiu.

Segundo um novo estudo de Harris Interactive lançado na terça-feira, pouco mais um terço ou 37% dos entrevistados têm parecer positivo sobre Obama, enquanto cerca de 67 por cento dos norte-americanos desaprovam o desempenho de Obama em questões de emprego e economia.

Uma recente sondagem de opinião realizada pelo Gallup havia revelado anteriormente que mais da metade dos eleitores americanos não apoiaria a reeleição de Obama.

CINZAS/MB/HRF

26 de out. de 2010

Quem está ganhando com a geoengenharia?

Geoengenharia refere-se à interferência e à modificação em larga escala da natureza.

Este é um assunto difícil.  Temos extraído da natureza tudo aquilo que nos beneficia, desde os alimentos – plantas e animais – até os recursos minerais.  E, fazendo uso da tecnologia que desenvolvemos para modificar os recursos naturais extraídos, procuramos melhorar nossas condições de vida.
Isso vem acontecendo há tempos.  Não apenas fazemos parte do eco-sistema planetário, como também temos feito intervenções drásticas nesse eco-sistema há milhares de anos.  Como diz Radamés Manosso (ECOnservar), ' já devastamos a cobertura vegetal de continentes inteiros;  extinguimos muitas espécies;  contaminamos a maioria dos ecossistemas com poluição;  provocamos a desertificação de grandes áreas;  secamos rios e mares;  construímos grandes barragens, aterros e ilhas artificiais;  introduzimos espécies exóticas agressivas em outros biomas e estamos alimentando o aquecimento global.  Essa geoengenharia de devastação permitiu à nossa espécie conquistar o planeta, mas deixou uma fatura a ser paga.' (grifo meu)
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Nos dois últimos séculos, entretanto, a tecnologia, nas mãos principalmente dos 'países desenvolvidos', avançou o suficiente para causar grande impacto.  Por isso, as mais recentes e gigantescas interferências na natureza precisam ser cuidadosamente analisadas, em condições livres da influência de grupos interessados, pois podem representar perigo para o futuro da vida no planeta.  De fato, métodos de análise de impacto ambiental foram desenvolvidos recentemente com o intuito de medir o impacto de futuras interferências no meio-ambiente e prevenir grandes desastres, embora tais análises não possam evitar que certas interferências consideradas perigosas continuem a ser permitidas, com a justificativa de serem consideradas beneficiais.  Os mais recentes investimentos de certos 'países desenvolvidos' em geoengenharia, justificados como sendo necessários para acalmar um suposto 'aquecimento global', demonstram isso.
A 'teoria' do 'aquecimento global' começou a tomar corpo desde meados do século passado.  Entretanto, muitos cientistas disputam essa 'teoria'  'na sua totalidade ou em parte, questionando se um 'aquecimento global' está realmente acontecendo, se a atividade humana está a contribuir significativamente para isso, e qual a sua magnitude.'  (Wikipedia;  grifo e aspas meus)  Pouco se fala sobre outros problemas ligados aos problemas ambientais, suas possíveis causas e formas de controlá-los, como a destruição de habitats humanos por atividades mineiras, agrícolas, ou de turismo.  O problema social resultante do pernicioso abuso da natureza com fins lucrativos é talvez o problema cuja solução deveria ser priorizada, pois envolveria igualmente a solução de problemas ecológicos.  Um exemplo é a remoção forçada de habitantes nativos da região em que têm vivido em completa harmonia com a natureza, há séculos, quando esta se torna alvo de grandes planos produtivos por governos ou empresas capitalistas poderosas.  O desemprego, a miséria e a descriminação social que passam a fazer parte das vidas dessas comunidades deslocadas inflingem a elas penosos sofrimentos.  Tais planos produtivos, portanto, além do impacto ambiental que causam, abusam ainda dos direitos humanos mais fundamentais, o que justifica análises de seu impacto social para evitar danos às classes menos privilegiadas da sociedade.
Não cabe a este blog entrar a fundo no debate sobre o 'aquecimento global'.  Sabemos, entretanto, que há muitos interesses investidos em uma abordagem exclusivamente econômica desse 'problema', principalmente nos países industrializados.  Essa nova geoengenharia serve exatamente a esse tipo de abordagem pois ela tem 'vícios da velha geoengenharia informal que o homem tem praticado há séculos:  ataca os sintomas e ignora as causas;  cria uma espiral crescente de gastos de recursos e apresenta efeitos colaterais inaceitáveis'  (ECOnservar;  grifo meu).  Dessa forma, fica difícil de acreditar que os governos daqueles países capitalistas estejam sendo altruístas em seus empreendimentos de combate ao suposto 'aquecimento global'.  Desconfia-se até de que a noção de 'aquecimento global' seja parte de um plano secreto para manter os países empobrecidos acorrentados em suas algemas de subordinação.
A raíz dos muitos problemas que estão a nos ameaçar no nosso 'lindo balão azul' (como dizia Guilherme Arantes nos idos anos de 1970) está na insaciável sede de lucros que é característica vital do sistema capitalista.  Nesse sistema, os capitalistas se apropriam e tiram vantagem da tecnologia avançada, criando, através da propaganda, 'desejáveis' objetos de consumo, mesmo que supérfluos, ou justificativas ruidosas para seus investimentos, com o fim de 'produzir' ininterruptamente e maximisar seus lucros.  O poder dos capitalistas é enorme;  seu controle dos meios de comunicação e dos governos (através de lobbies) tem feito com que seja quase impossível desafiá-los.  Entretanto, os problemas ambientais e sociais que causam deveriam justificar o fim de suas práticas predatórias.
Tecnologia é importante; sem dúvida.  E produção em massa é desejável do ponto de vista social e econômico.  O que está errado é a propriedade privada dos meios de produção, pois tira a possibilidade da decisão coletiva.  O caso da nova geoengenharia ilustra bem esse ponto.  Como nunca antes, o desenvolvimento tecnológico chegou a um patamar onde a decisão social quanto ao seu rumo se torna essencial.
'As Nações Unidas deveriam parar os experimentos da geoengenharia'
Fonte:  PressTV, 21 outubro 2010

Representantes de quase 200 países estão reunidos em Nagoya, no Japão, para procurar formas de lutar contra a destruição de florestas, rios e recifes de coral que suportam a vida, bem como economias, em todo o mundo.  Alguns funcionários das Nações Unidas acreditam que a 'mudança climática' é uma das principais causas para as rápidas perdas na natureza, e que projetos de geoengenharia podem combater o 'aquecimento global' e sustar extremas secas, inundações e a subida do nível do mar.
Alguns países gastam bilhões de dólares em projetos de geoengenharia para 'reduzir a mudança climática', isto é, para reduzir a quantidade de luz solar que atinge a terra ou para absorver emissões de gases, principalmente dióxido de carbono.
Ambientalistas, no entanto, dizem que os riscos de tais projetos são muito grandes, porque os impactos da manipulação de natureza em grande escala não são totalmente conhecidos.  Eles dizem que projetos como vulcões artificiais, regimes de grandes nuvens de semeadura e aplicação de ferro nos oceanos para estimular o crescimento de algas que absorvem dióxido de carbono poderão prejudicar tanto a natureza quanto a humanidade, e dizem que as Nações Unidas devem impor uma moratória sobre os projetos de geoengenharia.
Pat Mooney, do grupo ETC, baseado no Canadá, disse à agência Reuters que "é absolutamente inadequado que um grupo de governos de países industrializados tome a decisão de usar geoengenharia sem a aprovação do resto do mundo.  Eles não devem proceder com experimentos na vida real, no ambiente, com a implantação de qualquer projeto de geoengenharia, até que haja um consenso nas Nações Unidas de que isso é bom."
O painel do clima da ONU diz que a geoengenharia será revista em seu próximo relatório, em 2013.  (PressTV)

24 de out. de 2010

CENSURADA!

Leia abaixo o extraordinário editorial da Revista do Brasil que foi CENSURADA pelo Tribunal Superior Eleitoral a pedido da coligação do candidato José Serra à Presidência da República. Essa solicitação dos tucanos demonstra que eles não acreditam em liberdade de imprensa para aqueles que discordam deles!
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Editorial
O CAMINHO A SER SEGUIDO
Revista do Brasil (conforme cópia da revista censurada em Scribd), outubro 2010

A chamada “guerra ao narcotráfico” no México já produziu mais de 28 mil mortos nos últimos quatro anos. Em todos os níveis, autoridades são corrompidas pelas organizações criminosas, ameaçadas, assassinadas. O país sofre influência direta dos Estados Unidos em sua política de defesa nacional. De acordo com o respeitado sociólogo mexicano Héctor Díaz-Polanco, o país está perdido, não tem projeto nacional e a sociedade está tomada por uma sensação de desalento. O México foi um dos mais engajados no neoliberalismo desde os anos 1990. Hoje, enfrenta sem forças um inimigo recente, poderoso e torpe, que abastece de drogas o assombroso mercado consumidor americano. O país não é pobre e poderia exercer liderança semelhante à do Brasil na América do Sul. Mas o Estado está debilitado. O assunto será objeto de reportagem de um dos próximos números da Revista do Brasil. Mas por que abordar, neste espaço, temas de uma edição que ainda está por vir?

Trata-se de dar uma vaga ideia do que poderíamos ter virado caso o Brasil não tivesse começado, há oito anos, a virar o jogo do neoliberalismo conduzido pelo PSDB/DEM. Sabe-se que a eficiência e a inteligência policial são essenciais no enfrentamento ao crime, mas essa ação será inócua se não forem combatidas a concentração de renda e a miséria, raízes mais profundas das sociedades violentas. No Brasil, foi nos presídios do estado mais rico que nasceu a principal organização criminosa do país, que mesmo de dentro das celas comandam suas operações. No sistema de segurança desse estado estão os piores salários de policiais do país, e nas escolas desse mesmo estado os profissionais de educação estão entre os mais desprezados. E as mesmas forças políticas e cabeças econômicas comandam esse mesmo estado há mais de 16 anos. E depois de se comportar como amigos da onça enquanto o Brasil reagia à crise econômica, agora ainda tentam retomar o poder central, perdido em 2002.

Diferentemente do que costumam alardear as cabeças tucanas e seus porta-vozes na imprensa, o sucesso da economia brasileira não está na “continuidade” da política da era PSDB/DEM. Está na ruptura iniciada há oito anos, que adotou o estímulo ao crescimento econômico em vez da estagnação. E que tem como resultado, ao contrário daquela época, o crescimento do emprego, da massa salarial, a inclusão social e a distribuição de renda. É esse o ponto de partida para se chegar a uma sociedade sem violência, a um país que seja grande economicamente e também justo com seu povo. Que o Brasil siga nessa trilha, sem dar chance ao retrocesso.