30 de jun. de 2014

Quem está realmente no poder?

A situação política do mundo está bastante volátil.  Embora alguns dias atrás, na época da postagem anterior deste blog, fosse ainda possível acreditar-se que o império americano comandado por um civil estava no comando da situação mundial, a notícia abaixo parece dizer que é na verdade o complexo militar-industrial que comanda o império.  Ou, pelo menos, parece dizer que existe uma certa competição sobre quem está no poder nos EEUU...  Sob tal condição, fica difícil fazer qualquer previsão favorável sobre o futuro...

Talvez seja adequado que o leitor leia esse artigo  (abaixo) antes de continuar a ler esta ‘introduç
ão’.

O artigo relata um acontecimento ocorrido em 2007 – 7 anos atrás.  Entretanto, nesses 7 anos, alguns acontecimentos parecem ter contraditado certos discursos do Presidente americano Barack Obama, que tem sido considerado ‘fraco’ por seus opositores.  De fato, com a informação obtida no artigo abaixo, percebe-se que as tentativas do Presidente americano de dominar a situação têm falhado – os últimos 7 anos têm sido repletos de guerras, interferências, ‘revoluções coloridas’ e outros excessos pelo mundo afora.  Isso indica, infelizm
ente, que é o complexo-militar industrial que está no poder nos EEUU, a serviço de uma elite definitivamente enlouquecida, e que o presidente apenas obedece suas ordens.

Se for esse o caso, pode-se predizer apenas um futuro de imensa brutalidade, assassinatos em massa de cidadãos, mais destruição ambiental, pilhagem de recursos naturais e principalmente controle  (policial) e desmembramento de Estados a fim de enfraquecer a Resistência mundial contra tal loucura.  E, mesmo sem uma guerra termonuclear, haver
á pouca esperança para a sobrevivência digna dos povos, diante da catastrófica destruição da natureza que tanta violência vai causar...

Sim, porque a Resistência a tal monstruosidade só pode advir de instituições altamente organizadas, como o Estado  (o apoio russo e belorusso ao Iraq atacado por for
ças supostamente religiosas demonstra isso), ou organizações militares paralelas de Resistência, que, caso existissem, seriam denominadas ‘redes terroristas’ pela mídia comercial conivente.  No futuro, cidadãos e NGOs terão mínima influência no desenrolar dos acontecimentos;  isso se não forem cooptados a cooperar com as forças ‘militares’ no poder, como acontece frequentemente  (grupos de pressão ambiental são os mais comumente cooptados, visto seu impacto)...

O artigo abaixo nos dá uma visão do poder dessa estrutura militar, e alerta sobre o perigo que representa.

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Blackwater ameaçou matar investigador dos EUA no Iraque – relatório

VoR, 30 de junho de 2014, 10:47

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©  Foto:  East News/AP, Photo/Rafiq Maqbool.  Foto de arquivo.

O administrador chefe  no Iraque da notória empresa de segurança privada Blackwater ameaçou matar um investigador do Departamento de Estado dos EUA por sondar o desempenho da empresa, o jornal New York Times informou segunda-feira.

O Times, citando um memorando interno do Departamento de Estado, disse que a ameaça veio apenas algumas semanas antes de guardas da Blackwater atirarem e matarem 17 civis em 16 de setembro de 2007 na Praça Nisour em Bagdá, conforme relatado pela AFP.

No entanto, as autoridades da embaixada dos EUA em Bagdá pactuaram com Blackwater e os investigadores do Departamento de Estado foram ordenados a sair do país, o jornal disse.

Quatro ex-funcionários da Blackwater estão atualmente em julgamento num tribunal norte-americano pelas as mortes na Praça Nisour.

A matança, vista como um exemplo da impunidade por empresas de segurança privada na folha de pagamento dos EUA no Iraque, agravou o ressentimento iraquiano dos americanos.

O principal investigador do Departamento de Estado, Jean Richter, advertiu no memorando, datado de 31 de agosto de 2007, que pouca supervisão da empresa, que tinha um contrato de US $ 1 bilhão para proteger diplomatas dos Estados Unidos, havia criado "um ambiente com muita responsabilidade e muita negligência."

Os guardas da Blackwater "viam-se como acima da lei", Richter escreveu.

De acordo com um memorando do Departamento de Estado, Daniel Carroll, gerente de projeto da Blackwater no Iraque, disse a Richter depois de uma discussão "que ele poderia me matar naquele momento e ninguém poderia ou iria fazer nada quanto a isso pois estávamos no Iraque."

Richter escreveu: "Eu levei a ameaça do senhor Carroll a sério. Nós estávamos em uma zona de combate, onde as coisas podem acontecer inesperadamente, especialmente quando questões envolvem impactos potencialmente negativos em um contrato lucrativo de segurança".

Um companheiro investigador do Departamento de Estado que testemunhara a troca de palavras corroborou no relatório de Richter em uma declaração separada.

A Blackwater, cuja licença para trabalhar no Iraque foi revogada por Bagdá, foi renomeada duas vezes desde então e depois da fusão com uma empresa rival é agora chamada Constellis Holdings.

O Departamento de Estado cancelou seu contrato com a empresa logo depois de o Presidente Barack Obama tomar posse em janeiro de 2009.


Tradução:
Marisa Choguill

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