3 de nov. de 2016

Clintons comprados por oligarcas

O artigo abaixo relata as mais recentes revelações estarrecedoras da WikiLeaks mostrando a corrupção nos bastidores do governo dos EEUU.  Confira:

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E-mails vazados expõem a Fundação Clinton em acordo de 'pagar-para-jogar' com oligarca "para mostrar apoio à Ucrânia"

Alex Christoforou,
TheDuran.com, 3 de novembro de 2016 04:00

As mais recentes revelações do WikiLeaks mostram que o oligarca ucraniano Victor Pinchuk está envolvido em acordo de ‘pagar-para-jogar’ [do inglês ‘play-to-play’] com a Fundação Clinton.



A WikiLeaks divulgou outros 1.135 e-mails de John Podesta, elevando o total para 43.104 sete dias até o dia das eleições presidenciais nos EEUU, 8 de novembro.

A mais recente divulgação mostra mais acordos ‘pagar-para-jogar’ da Fundação Clinton, desta vez não com reis marroquinos ou príncipes sauditas, mas com um oligarca da Ucrânia.

Em um e-mail do Diretor de Política Externa do Presidente Clinton, Amitabh Desai, ao círculo de pessoas mais próximas de Hillary Clinton (incluindo Huma Abedin e John Podesta), vemos o maior doador da Fundação Clinton, o bilionário Victor Pinchuk, impelir a equipe de Hillary Clinton a ou organizar uma reunião "privada" com Bill Clinton (também conhecido pelas iniciais de seu nome, WJC), ou "reunir alguns líderes Ocidentais para mostrar apoio à Ucrânia"... com WJC presente ao evento para mostrar seu compromisso com "o país [sic] e por ele [Victor Pinchuk].

Pode-se apostar que Pinchuk planejava aproveitar a presença de Bill Clinton à reunião para mostrar que o futuro Presidente apoiava totalmente o oligarca e seu plano vacilante de virada para o ocidente [‘pivô west’].

A troca de e-mails pinta o retrato de um oligarca ucraniano "implacavelmente procurando" expor sua conexão com a família Clinton, dado que (conforme Desai escreveu) Pinchuk "está sob o calcanhar de Putin, agora, sentindo um grande grau de pressão e dor pelos seus muitos anos a nutrir laços mais fortes com o Ocidente".

É importante notar que Pinchuk foi um grande auxiliar do golpe em Maidan... um desastre de política externa que o Secretário de Estado adjunto para assuntos europeus e Eurasianos Victoria Nuland (outra protegida do Departamento de Estado de Hillary Clinton) ajudou a liderar.

De 2009 até 2013 (o ano em que eclodiu o golpe de estado ucraniano), a Fundação Clinton recebeu pelo menos US $ 8,6 milhões da Fundação Victor Pinchuk, que é sediada em Kiev.

Doadores estrangeiros para a Fundação Clinton por ordem:

Ucrânia: US $ 10 milhões
Inglaterra: US $8,4
Arábia Saudita: US $ 7,3 milhões
Alemanha: US $ 6,7 milhões
Irlanda: US $ 6,5 milhões
Índia: US $ 5 milhões
Canadá: US $ 4,5 milhões
Argentina: US $ 2 milhões
Emirados Árabes Unidos: US $ 1,4 milhões
China: US $ 1.3 milhões
Fonte: análise da Wall Street dos vazamentos da Fundação Clinton

Da Wikileaks

De:
huma@hrcoffice.com
Para:
Tina@presidentclinton.com, ami@presidentclinton.com
Data: 2015-03-30 12:01
Assunto: Re: Victor Pinchuk
Ok


De: Tina Flournoy <
Tina@presidentclinton.com>
Enviado: Segunda-feira, 30 de março de 2015 09:58:55
Para: Amitabh Desai
CC: Jon Davidson; Margaret Steenburg; Jake Sullivan; Dan Schwerin; Huma Abedin; John Podesta
Assunto: Re: Victor Pinchuk

Equipe de HRC – vamos voltar a falar com você sobre isto






> Em 30 de março de 2015, às 09:53, Amitabh Desai <ami@presidentclinton.com> escreveu:
>
> Victor Pinchuk está implacavelmente procurando (incluindo esta manhã) um encontro com WJC em Londres ou em qualquer lugar na Europa. Idealmente, ele quer reunir alguns líderes ocidentais para mostrar apoio à Ucrânia, com WJC provavelmente sua mais importante participante. Se isso não é aceitável para nós, então ele gostaria de ter uma ‘bilat’ [conversa a dois] com WJC.
>
> Se não for na próxima semana, tudo bem, mas ele quer um encontro. Eu continuo a dizer que não temos planos para a Europa, embora tenhamos esses eventos em Londres em junho. Vocês concordam em oferecer um encontro privado ao Victor em alguma dessas datas? Neste ponto eu tenho a impressão de que embora eu continue dizendo que WJC se preocupa com a Ucrânia, Pinchuk acha que WJC não está fazendo o suficiente para demonstrar isso, particularmente durante este momento existencial para o país e para ele.
>
> Acho que isso é importante porque Pinchuk está sob o calcanhar de Putin agora, sentindo um grande grau de pressão e dor pelos seus muitos anos a nutrir laços mais fortes com o ocidente.
>
> Eu entendo todas as desvantagens e compartilho as preocupações. Teria prazer em voltar e dizer não. Mas, acho que seria bom saber o que WJC (e HRC e todos vocês) gostaria de fazer, porque isso provavelmente afetará o futuro desta relação, e lento encaminhamento da nossa resposta só reforçará sua crescente angústia.
>
> Obrigado, e sinto muito pela notícia desagradável em uma manhã de segunda-feira...






Veja reportagens no RT sobre o ‘pagar-para-jogar’ envolvendo Pinchuk e a Fundação Clinton...

Em 2008, Viktor Pinchuk, que fez fortuna no ramo de construção de tubulação, assegurou cinco anos e fez uma promessa de US $ 29 milhões para a Initiativa Global Clinton, um programa que funciona para treinar futuros líderes ucranianos "a modernizar a Ucrânia." O Jornal Wall Street revelou as doações do fundo recebidas de estrangeiros no exterior entre 2009-2014, em seu relatório publicado no início desta semana.

Vários alunos do programa já se formaram nas posições do parlamento da Ucrânia, enquanto um antigo pesquisador de Clinton começou a trabalhar como lobista para Pinchuk na mesma época em que Clinton estava trabalhando no governo.

Entre 2009 e 2013, o período em que Hillary Clinton estava servindo como Secretário de Estado [equivalente a Ministra das Relações Exteriores – NT] dos EUA, a Fundação Clinton parece ter recebido pelo menos US $ 8,6 milhões da Fundação Victor Pinchuk.

Isso coloca a Ucrânia como o principal contribuinte entre doadores estrangeiros à Fundação Clinton.

A Fundação Pinchuk disse que suas doações para a organização da família Clinton foram projetadas para fazer da Ucrânia "um país bem sucedido, livre, moderno, baseado em valores europeus." Prosseguiu a ressaltar que, se Pinchuk estava esperando pressionar [‘to lobby’] o Departamento de Estado dos EUA sobre a Ucrânia, "isso não pode ser visto como nada além de uma boa coisa", WSJ é citado a dizer.

No entanto, os críticos têm apontado para alguns aspectos perturbadores sobre as doações, incluindo a coincidência da crise ucraniana, que começou em novembro de 2013, e a quantidade pesada de doações em dinheiro sendo feitas à Fundação Clinton em nome de ricos homens de negócios ucranianos.



Tradução: Marisa Choguill
 

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