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Editorial
O CAMINHO A SER SEGUIDO
Revista do Brasil (conforme cópia da revista censurada em Scribd), outubro 2010
Trata-se de dar uma vaga ideia do que poderíamos ter virado caso o Brasil não tivesse começado, há oito anos, a virar o jogo do neoliberalismo conduzido pelo PSDB/DEM. Sabe-se que a eficiência e a inteligência policial são essenciais no enfrentamento ao crime, mas essa ação será inócua se não forem combatidas a concentração de renda e a miséria, raízes mais profundas das sociedades violentas. No Brasil, foi nos presídios do estado mais rico que nasceu a principal organização criminosa do país, que mesmo de dentro das celas comandam suas operações. No sistema de segurança desse estado estão os piores salários de policiais do país, e nas escolas desse mesmo estado os profissionais de educação estão entre os mais desprezados. E as mesmas forças políticas e cabeças econômicas comandam esse mesmo estado há mais de 16 anos. E depois de se comportar como amigos da onça enquanto o Brasil reagia à crise econômica, agora ainda tentam retomar o poder central, perdido em 2002.
Diferentemente do que costumam alardear as cabeças tucanas e seus porta-vozes na imprensa, o sucesso da economia brasileira não está na “continuidade” da política da era PSDB/DEM. Está na ruptura iniciada há oito anos, que adotou o estímulo ao crescimento econômico em vez da estagnação. E que tem como resultado, ao contrário daquela época, o crescimento do emprego, da massa salarial, a inclusão social e a distribuição de renda. É esse o ponto de partida para se chegar a uma sociedade sem violência, a um país que seja grande economicamente e também justo com seu povo. Que o Brasil siga nessa trilha, sem dar chance ao retrocesso.
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